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Metanfetaminas

O que são metanfetaminas?

A metanfetamina é um estimulante poderoso e altamente viciante que afeta o sistema nervoso central. A metanfetamina em cristal é uma forma da droga que se parece com fragmentos de vidro ou pedras brilhantes branco-azuladas. É quimicamente semelhante às anfetaminas, medicamentos usados no tratamento do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), da narcolepsia, que é um distúrbio do sono, e da obesidade.

Como as pessoas usam metanfetamina?

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Os meios de consumir metanfetamina incluem:

-fumar

-engolir (pílula)

-inalar

-injetar o pó que foi dissolvido em água/álcool

Como o efeito da droga começa e desaparece rapidamente, as pessoas geralmente tomam doses repetidas em um padrão intenso. Em alguns casos, as pessoas consomem metanfetamina em uma forma de compulsão, deixando de comer e dormir enquanto continua a consumir por vários dias.

Como a metanfetamina afeta o cérebro?

A metanfetamina aumenta a quantidade de dopamina naturalmente presente no cérebro. A dopamina está envolvida no movimento corporal, na motivação e reforço de comportamentos recompensadores. A capacidade da droga de liberar rapidamente altos níveis de dopamina em áreas de recompensa do cérebro reforça fortemente o comportamento de consumo de drogas, fazendo com que o usuário queira repetir a experiência.

Efeitos a curto prazo

 

Mesmo em pequenas quantidades, o uso de metanfetamina pode resultar em efeitos análogos às vistas no consumo de outros estimulantes, como cocaína ou anfetamina. Essas incluem:

-aumento da vigília e atividade física

-diminuição do apetite

-respiração mais rápida

-batimentos cardíacos rápidos e/ou irregulares

-aumento da pressão arterial e temperatura corporal

 

Efeitos a longo prazo

 

As pessoas que injetam metanfetaminas correm maior risco de contrair doenças infecciosas, como HIV e hepatite B e C. Essas doenças são transmitidas pelo contato com sangue ou outros fluidos corporais que podem permanecer no equipamento. O uso de metanfetaminas também pode alterar o julgamento e a tomada de decisões levando a comportamentos de risco, como sexo desprotegido, o que também aumenta o risco de infecção.

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O uso de metanfetamina a longo prazo tem muitas outras consequências negativas, incluindo:

- perda de peso extrema

- dependência

- problemas dentários graves

- coceira intensa, levando a feridas na pele

- ansiedade

- alterações na estrutura e função do cérebro

- confusão

- perda de memória

- problemas para dormir

- comportamento violento

- paranóia - desconfiança extrema e irracional dos outros

- alucinações - sensações e imagens que parecem reais, embora não sejam

 

Além disso, o uso contínuo de metanfetaminas causa alterações no sistema de dopamina do cérebro que estão associadas à uma diminuição da coordenação e uma aprendizagem verbal prejudicada. Em estudos com pessoas que usaram metanfetamina a longo prazo, mudanças graves também afetaram áreas do cérebro envolvidas com emoção e memória. Isso pode explicar muitos dos problemas emocionais e cognitivos (aqueles envolvidos com pensar, entender, aprender e lembrar) observados naqueles que usam metanfetamina. Embora algumas dessas alterações cerebrais possam reverter depois de um ano ou mais sem a droga, outras alterações podem não se recuperar mesmo após um longo período de tempo. Um estudo recente sugere que pessoas que já usaram metanfetamina têm um risco aumentado de desenvolver a doença de Parkinson, um distúrbio neurológico que afeta o movimento.

A metanfetamina pode causar dependência?

Sim, a metanfetamina é altamente viciante. Quando um usuário interrompe o uso, ele pode apresentar os seguintes sintomas:

- ansiedade

- fadiga

- depressão severa

- psicose

- desejos intensos pela droga

Como é tratada a dependência em metanfetaminas?

Atualmente não há medicamentos específicos para tratar a dependência em metanfetaminas. As terapias comportamentais são os tratamentos mais eficazes conhecidos hoje, essas incluem:

-terapia cognitivo-comportamental, que ajuda os pacientes a reconhecer, evitar e lidar com as situações que podem desencadear o uso de drogas.

-incentivos motivacionais, que usam vouchers ou pequenas recompensas em dinheiro para incentivar os pacientes a permanecerem livres de drogas

Atualmente existem pesquisas focadas no desenvolvimento de medicamentos e outros novos tratamentos para o uso de metanfetaminas, que incluem vacinas e estimulação não invasiva do cérebro usando campos magnéticos. As pessoas podem recuperar-se da dependência de metanfetaminas se tiverem acesso imediato a tratamentos eficazes que abordem a multiplicidade de problemas médicos e pessoais resultantes do uso prolongado.

Pontos a serem lembrados

  • A metanfetamina é geralmente um pó branco e de sabor amargo ou uma pílula. A metanfetamina em cristal parece fragmentos de vidro ou pedras brilhantes e branco-azuladas.

  • A metanfetamina é uma droga estimulante e com alto potencial de abuso.

  • A metanfetamina pode ser fumada, cheirada ou injetada.

  • A metanfetamina aumenta a quantidade de dopamina no cérebro, que está envolvida no movimento, motivação e reforço de comportamentos recompensadores.

  • Os efeitos de curto prazo para a saúde incluem aumento da vigília e atividade física, diminuição do apetite e aumento da pressão arterial e da temperatura corporal.

  • Os efeitos a longo prazo para a saúde incluem risco de dependência; risco de contrair HIV e hepatite; problemas dentários graves; coceira intensa que pode levar a feridas na pele; comportamento violento; e paranóia.

  • A metanfetamina pode ser altamente viciante. Quando um usuário interrompe o uso, os sintomas de abstinência podem incluir ansiedade, fadiga, depressão grave, psicose e desejos intensos de drogas.

  • É possível ter overdose de metanfetamina. A overdose de metanfetamina pode levar a um acidente vascular cerebral (derrame), uma parada cardíaca ou a uma falência da função de órgãos.

  • Os tratamentos mais eficazes para a dependência em metanfetaminas até agora são as terapias comportamentais.

Fonte: Texto traduzido e adaptado do National Institute on Drug Abuse; National Institutes of Health; U.S. Department of Health and Human Services (Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas; Institutos Nacionais de Saúde; Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA).

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