Por Juliana Plens
Atualmente cerca de mais de dois milhões de novos casos de câncer de mama são relatados por ano, sendo fundamental compreender quais fatores podem ser modificados no intuito de agir sobre a prevenção da doença. Nesse contexto, estudos têm demostrado que o álcool é um dos fatores de risco associado ao aumento da incidência de câncer de mama (independentemente do tipo e quantidade de bebida alcoólica consumida). Não há quantidade segura para consumo de álcool quando se fala na associação do álcool com o câncer de mama e evidências científicas mostram que o consumo de menos de uma dose ao dia já está associado ao aumento desse tipo de câncer.
O álcool, após metabolizado, apresenta-se no corpo na forma de acetaldeído (agente sabidamente carcinogénico) e, embora a produção de acetaldeído ocorra primariamente no fígado, ela também ocorre no tecido mamário. Além disso, o consumo de álcool interfere nos hormônios, e, tanto o acetaldeído como essas alterações hormonais, podem causar alterações de ordem genética que podem contribuir para o aumento do risco de câncer de mama.
É importante ressaltar que os estudos mostram também diferentes desfechos em pessoas que já têm câncer de mama e continuam consumindo álcool: recorrência do câncer e aumento da mortalidade. Isso ocorre porque o álcool interfere nas metástases (disseminação do câncer para diferentes partes do corpo) e na formação de novos vasos sanguíneos nas regiões com tumores, contribuindo dessa forma para a aumento da agressividade da doença.
Posto isso, urge a necessidade de conscientização pública sobre o consumo de álcool como fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama e a necessidade de que medidas de saúde pública sejam tomadas sobre essa questão.
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